Eles partiram com seu abade - Reflexões sobre o caráter cenobítico da fundação de Cister
Conferência em Kalamazoo, 11 de maio de 1998, ministrada por D. Armand Veilleux, OCSO
Desde o início do monaquismo, tem havido uma tensão, em geral saudável, entre o modo de vida eremítico e o cenobítico. Mesmo dentro da tradição cenobítica, achamos uma ampla variedade de expressões, algumas mais próxima de uma reunião de eremitas em torno de um mesmo pai espiritual, e outras mais próximas do que pode ser considerado uma autêntica tradição cenobítica. Tendo isto em mente, podemos dizer que há basicamente dois tipos de comunidade monástica, e em correspondência, dois tipos de abade (embora isto não seja em absoluto uma distinção sem matizes ou nuances).
Pode-se dizer que na primeira situação, há uma comunidade que tem um abade, e na segunda situação, há um abade que tem a comunidade. E existe uma enorme diferença entre as duas. Na primeira situação, as pessoas seguem a tradição cenobítica do Alto Egito e da Capadócia; na segunda, seguem a tradição semi-anacorética do Baixo Egito.
Achamos estas duas tendências por toda a história do monaquismo, inclusive em nossos dias. A segunda forma - ou tradição - foi propagada no Ocidente principalmente por Cassiano, e parece ter adquirido uma nova popularidade em nossos tempos.
O que pretendo mostrar nesta conferência é que o Cister primitivo, como Molesme do qual vinha, pertenciam claramente ao primeiro tipo. Cister era, antes de mais nada, uma comunidade que teve uma série de abades maravilhosos. E era a fundação de uma comunidade de monges, com seu abade, e não a fundação de um abade que enviou alguns de seus monges para fazer uma fundação.
Esta orientação claramente cenobítica do primitivo Cister é uma de suas mais importantes características, e claramente o distingue de quase todas as outras reformas monásticas daquele tempo, que eram em geral um projeto de um único homem. Poder-se-ia mencionar, só para dar alguns poucos exemplos:
Romualdo em Camldoli (1012)
João Gualberto de Vallombrosa (1038/9)
Pedro Damião em Fonte Avellana (1047)
Estêvão de Muret em Grandmont (por volta de 1076)
Bruno na Grande Cartuxa (1084)
Talvez um modo de ver o caráter específico de Cister é compará-lo à reforma de Cluny, que foi uma importante reforma monástica e certamente a mais importante na Igreja Ocidental antes de Cister. É particularmente luminoso comparar o curriculum vitae de Bernon, o fundador e primeiro abade de Cluny com o de Roberto de Molesme.
Quando Guilherme o Pío, duque de Aquitânia, decidiu fundar um mosteiro em suas terras, "para a salvação de sua alma", deu sua propriedade aos apóstolos Pedro e Paulo, como sabemos, mas concretamente confiou-a ao abade Bernon. Este era da Borgonha, de uma família nobre, que já havia fundado a abadia de Gigny em suas próprias terras. Depois, então, tornando-se monge em Saint-Martin de Autun, impôs a mesma reforma em Gigny e às celas de Baume-les-Messieurs, que também reformou. Ao tempo da fundação de Cluny, Bernon já era abade Gigny e de Baume-les-Messieurs, e conservou sua autoridade sobre estas duas casas. Recebeu depois três outras abadias, afora diversas comunidades que se pediu que reformasse e sobre as quais também exerceu sua autoridade abacial.
Assim, antes de morrer, o abade Bernon dividiu suas abadias, por testamento, entre seu sobrinho Guy a quem deixou Gigny e Baume, e seu discípulo Odo, a quem deu Cluny. Assim Bernon, o primeiro abade de Cluny, apontou seu sucessor, Odo, antes de morrer. Odo, por sua vez, antes de morrer, apontou Aimardus, e Aimardus apontou Mayeul. Deve-se notar que todos eles foram grandes abades. Esta situação toda era consoante com uma longa tradição do monaquismo ocidental, a tradição de mosteiros familiares que era paralela à das igrejas familiares (Eigenkirche).
Com Roberto de Molesme, temos uma realidade completamente diferente. Roberto, verdadeiro filho de seu tempo, tinha um forte senso de comunidade. Antes de tudo, era um homem de comunidade muito antes de se tornar abade. É verdade que mudou de comunidade com freqüência, mas sempre pertenceu a uma. Tendo entrado bastante jovem em Montier-la-Celle, assumiu poucos anos depois (por volta de 1053) o serviço de prior naquela comunidae. Foi então feito abade de Saint Michel du Tonnerre (entre 1068-1072). Depoius de alguns anos, tornou-se simples monges de novo antes de se tornar prior (1072) de Saint Ayoul, um priorado dependente de Montier-la-Celle. Depois, nós o encontramos com um grupo de eremitas em Colan. E com eles fundou Molesme em 1075. Consideremos esta última experiência por um momento.
Toda grande reforma monástica começa por um movimento eremítico. Um grande número de pessoas escolhia a vida eremítica: alguns porque têm uma autêntica vocação eremítica, grande parte porque estão procurando algo que as comunidades cenobíticas e seu tempo não lhes oferecem. Na época da fundação de Cister, havia um destes grandes movimentos eremíticos que respondiam ao que foi chamado por Morin a "crise do cenobitismo" do século 11. Uma das mais importantes características da reforma cisterciense foi de ser capaz de reivindicar dentro do cenobitismo aquela atração renovada pela solidão.
Assim, as pessoas que vieram a Colan não eram eremitas num sentido estrito. Desejavam uma vida mais solitária e com um estilo de vida mais simples do que o oferecido pelo cenobitismo de seu tempo. Estavam reunidos em Colan e unidos pelas mesmas aspirações e pelos mesmos ideais. Só precisavam de um abade para se tornar uma comunidade cenobítica. E quando eles se deram a si mesmos um abade na pessoa de Roberto, tornaram-se uma comunidade cenobitica e Molesme foi fundada.
Duas coisas a seguir aconteceram. A primeira ocorreu quando Molesme, devido a seu novo espírito, desenvolveu-se rapida e tremendamente, mas o fez dentro do contexto do sistema monástico existente, e assim, de certo modo, sob pressão do sistema. Uma vez que era uma abadia fervorosa, era altamente apreciada, e assim não só recebia muitos candidatos, mas também tinha muitos benfeitores e recebia muitas doações, e tornou-se uma abadia grande e próspera, mais ou menos no mesmo estilo das outras abadias da tradição de Cluny. Isto não era o que Roberto e seus primeiros companheiros desejavam.
Mas uma segunda coisa ocorreu, e fez toda a diferença. Foi o fato de que Roberto se mostrou um abade cenobítica de primeira classe. Isto significava que era alguém que sabia como comunicar um ideal, que era capaz sem egoísmo de permitir que a comunidade toda, ou ao menos, alguns elementos daquela comunidade, conservassem vivas as aspirações originais e as realizassem de vários modos, com ou sem ele. E mais do que isto, enquanto encorajava novas fundações de um novo estilo para fora de Molesme e mesmo tomando parte em algumas delas, nunca perdeu a estima e o amor de sua comunidade que sempre o quis de volta. Molesme era claramente uma comunidade que tinha um abade e não queria perdê-lo. Roberto não era um abade que tinha uma comunidade para legar a algum outro, ou que tinha comunidades para dividir entre vários herdeiros monásticos. Pertencia a uma comunidae.
Depois que vários grupos tinham deixado Molesme para novas aventuras, incluindo a fundação de Aulps em 1097, havia ainda um grupo de monges que partilhavam uma visão comum e um desejo comum - uma visão e um desejo que tinham em comum com seu abade. E o dia chegou em que finalmente partiram, e como diz o texto do Exordium Parvum, "partiram com seu abade". Esta expressão poderia talvez ser considerada uma maneira despreocupada de falar a que não se dá muita importância, se não fosse o fato de que revela um padrão que encontramos em todos os Primitivos Documentos da Ordem. Consideremos agora alguns destes Documentos Primitivos.
Antes de tudo, é significativo que o Exordium Parvum comece por um "nós" e não por um "ele". "Nós, Cistercienses, os primeiros fundadores desta igreja..." (Nos cistercienses, primi huius ecclesiae fundatores). Então se estabelece, desde a primeira linha, que a fundação de Cister foi a obra de um grupo de monges, e também que nãos e tratava apenas da fundação de um mosteiro ou de um lugar, mas a fundação de uma comunidade - uma igreja. E desejavam mostrar como seu modo de vida e seu "cenobium" começou.
É claro que Roberto, como abade do mosteiro de Molesme, teve um importante papel a desempenhar no preparo da fundação. Entretanto, não foi sozinho ver o LÇegado Apostólico Hugo em Lyon. Foi com "alguns irmãos daquele cenobium", isto é, de Molesme. E o Legado acedeu com alegria "ao seu pedido". E, assim, Hugo escreve uma carta a "Roberto, abade de Moelsme, e aos seus irmãos com ele desejosos de servir a Deus de acordo com a regra de são Bento". No corpo da carta, Hugo dá o nome de ao menos alguns destes irmãos:
‘Vós, abade Roberto, e também os Irmãos Alberico, Odo, João, Estêvão, Letaldo e Pedro, mas todos aqueles, também , que vós decidireis em conservar com a Regra...a acrescentar à vossa companhia..." Tudo aqui está muito claro. Hugo recebe o pedido de um grupo de monges e escuta o desejo daquele grupo de monges, e daqueles que ao grupo se reunirão. Ao mesmo tempo, aquele grupo de monges não é um grupo de rebeldes, que contestam a autoridade de seu abade, mas monges que estão fazendo este pedido em união com seu abade.
O nº 6 do capítulo II do Exordium Parvum que enfatiza como estes monges, ainda em Molesme, se reuniam muitas vezes para deplorar o modo como a regra era observada, pode muito bem ser uma interpolação tardia. Contudo, condiz com o resto do EP em sublinhar o projeto coletivo que a fundação de Cister se constituía.
E então o capítulo IV descreve como a primeira comunidade de Cister cresceu e se tornou uma abadia, quando, desde o início, o abade Roberto recebeu do bispo local o báculo pelo qual os monges eram confiados a seu cuidado pastoral. Isto corresponde à linguagem da Regra de Bento, onde o adjetivo possessivo é ligado aos monges mas não ao abade em qualquer descriçaõ de seu relacionamento. Os monges devem amar, respeitar e obedecer seu abade. O abade deve amar e servir não "seus" monges mas os monges que estão sob seu cuidado. Noutras palavras, na RB,os monges têm um abade. O abade não "tem" monges e não "tem" uma comunidase. Ele tem o cuidado pastoral de um grupo de monges que, com ele, formam uma comunidade (Ninguém receberia cartões de Natal ou de Páscoa do "abade Bento e a comunidade de Monte Cassino" ou do "abade Roberto e a comunidade de Cister...")
Roberto foi, então, chamado de volta a Molesme, onde havia estado antes. Aqui algo deve ser notado. Seria bastante fora de cogitação, em nossos dias, que um abade que partiu com um grupo dissidente para fazer uma nova fundação experimental, ser chamado de volta à sua comunidade. Mais provavelmente, a comunidade estaria tão ferida pela coisa toda, que jamais gostariam de vê-lo de novo, ao menos por um longo tempo. O fato de que toda vez que Roberto deixa a comunidade de Molesme para uma nova aventura, ele é chamado de volta pelos monges daquela comunidade, mostra a qualidade de relacionamento entre Roberto e a comunidade de Molesme. Ele é seu abade: sentem eles que têm um direito sobre ele.
E os outros aspectos não podem ser neglicenciados, como o fato de que quando Roberto volta a Molesme, a comunidade jovem da qual ele partiu não deixa de crescer. Trata-se de uma fundação cenobítica e não de um projeto de um homem.
Roberto nem pensa que tem a autoridade ou o direito de apontar um novo Superior em Cister. Uma vez que Roberto partiu, a comunidade de Cister se reúne em Capítulo e por via regular elege seu próprio Abade, escolhendo um de seus irmãos, Alberico, que tinha sido prior em Molesme e que estava no coração do movimento que conduzira à fundação de Cister.
Um dos primeiros atos de Alberico, ainda de acordo com o EP, foi decidir "com o conselho dos irmãos" enviar dois monges a Roma, para pedir a proteção romana sobre sua comunidade. A preocupação cisterciense não era uma questão de direitos e de privilégios de um abade em relaçã a outro abade ou a um bispo: tratava-se de uma questão de direitos de uma comunidade, junto com seu abade.
Vão a Roma com uma Carta de Hugo, Arcebispo de Lyon, one encontramos a bela frase que escolhi como título de minha conferência. Hugo recomenda ao Papa estes monges que partiram de Molesme "com seu abade" para ser fiéis à "sua decisão (deles)" de viver a Regra de forma estrita.
Depois da recepção do privilégio romano, EP XV introduz a lista de decisões tomadas pelos irmãos com estas palavras: "Após o que aquele abade e seus irmãos, não sem lembrar de seu compromisso, unanimemente promulgaram um estatuto para estabelecer e conservar a regra do Beato Bento naquele lugar..." (Dehinc abba ille et fratres eius, non immemores sponsioni suae, regulam beati Benedicti in loco illo ordinare et unanimiter statuerunt tenere...). Aqui deve-se notar não somente a "unanimidade" na observância da Regra mas também a expressão "o abade e seus irmãos’... Se o abade, no modo de falar de Bento não "tiver"uma comunidade de monges, ele tem "irmãos" como todos.
Depois da morte de Alberico e eleição de Estêvão, há uma nota no EP que ainda é mais marcante do que tudo o que falamos antes. O texto diz que "foi no tempo dele (de Estêvão) que os irmãos, junto com o mesmo abade, proibiram ao duque daquela região ou a qualquer outro senhor de vir com a corte naquela igreja em qualquer época."
Qual é o sentido daquela expressão "com seu abade"? É simplesmente o fato de que o papel do abade é reduzido para dar sua permissão ou exercitar um direito de veto?... Não, penso que todo o conjunto cenobítico mostra claramente que o sentido real é que só quando eles estão em comunhão com o abade que escolheram como representante de Cristo em seu meio e que os irmãos formam uma real comunidade, e é só então que eles podem tomar uma decisão comunitária.
No Exordium Cistercii encontramos a mesma insistência que achamos no EP sobre a preparação coletiva e a realização da fundação de Cister. O nº 3 do Cap. 1 descreve como estes monges dialogaram entre si quando em Molesme, e como, de comum acordo, após uma decisão em comum, junto com seu abade Roberto, tentaram realizar o que tinham decidido.
Há, entretanto, uma evolução na linguagem, o que demonstra a importância gradualmente assumida pela pessoa do abade. O Cap. 9 nº 4 diz que um abade não deveria ser enviado a uma nova fundação sem ao menos 12 monges. Não se trata mais de um grupo de monges que partem com seu abade, mas de um abade que parte com um grupo de monges. Uma nova mentalidade já está se manifestando aqui.
A primeira sentença da Carta Caritatis certamente usa a mesma maneira de falar do EP. Começa assim: "Antes das abadias cistercienses... o pai abade Estêvão e seus irmãos estabeleceram que..."
É somente com a segunda redação da CC que achamos, ao final, pela primeira vez, a menção de "monges de um abade", como se um abade pudesse "ter" monges. É no Cap. II, nº 27, onde se diz que nenhum abade conservará monges de outro abade de nossa Ordem sem a concordância deste abade. Não se trata mais da linguagem da Regra.
Uma coisa que é algo surpreendente na CC é o número de parágrafos dedicados à ordem de prioridade dos abades dos diversos mosteiros cistercienses, quando acontece de se reunirem. Quem vem antes de quem, e quem dá sua cátedra abacial a quem. Há certamente já uma certa expansão do papel abacial - para não dizer do "ego" abacial.
Mas há algo muito mais improtante do que isto na CC. É o fato de que a comunhão entre os mosteiros é concebida num modo muito cenobítico. Nisto os cistercienses foram grandes iniciadores.
São Bento escreveu uma Regra para os mosteiros: e embora ele próprio tenha fundado diversos mosteiros, não previu nada que dissesse respeito à relação entre os mosteiros. A autonomia de uma comunidade monástica é algo de muito precioso e os monges sempre foram ciosos de preservá-la. Pode também ser uma fraqueza, entretanto, em tempo de cirse - quer interna, quer externa. Por essa razão, a necessidade de certos laços institucionais entre os mosteiros foi sentida muito precocemente. No monaquismo ocidental, a primeira tentativa de criar tais laços institucionais foi feita no tempo da reforma carolíngia com Bento de Aniano. A reforma de Cluny, que basicamente continuou na mesma direção, chegou a um impasse. A reforma carolíngia enfatizava de novo o papel do abade, mas ao mesmo tempo enfraquecer a autoridade do abade local em seus esforços por um controle centralizado da reforma através de todo reino. Com Cluny, a liberdade da intervenção externa dos senhores feudais foi adquirida, mas ao custo da autonomia local. O papel do abade de Cluny foi tão alargado a tal ponto que todos os mognes de todas as casas dependentes serem "seus" monges e fazerem sua profissão para "sua" abadia de Cluny.
Um dos aspectos originais da reforma cisterciense foi, pela primeira vez na história do monaquismo ocidental, encontrar um equilíbrio entre a autonomia de cada mosteiro e sua comunhão num único corpo jurídico através dos vínculos da caridade. Os mosteiros estão unidos pela caridade, mas também através da partilha da mesma visão de vida monástica e da mesma observância. O sistema de filiação e de instituição da Visitação são vistos como serviços da comunhão. O direito e o dever de vigilância é atribuído ao Padre Imediato, mas sem autoridade nos assuntos internos de suas casas-filhas. Há uma autoridade sobre todas as comunidaes, mas não é pessoal; é coletiva. É a autoridade do Capítulo geral.
Temos então, uma Ordem monástica - a primeira Ordem monástica no sentido estrito no monaquismo ocidental. Essa Ordem é concebida como uma comunidade de comunidades. Cister foi capaz de desenvolver isto por sua orientação cenobítica muito forte.
Seria interessante estudar como este espírito cenobítico do Cister primitivo foi quer mantido, quer modificado pela geração seguinte, especialmente em algunas filiações como a de Claraval, quando abades poderosos e brilhantes como Bernardo surgiram. Claraval era uma comunidade que tinha uma abade ou era Bernardo um abade que tinha uma comunidade? Mas isto mereceria um outro estudo.
De qualquer modo, o primitivo Cister não consistia de um grupo de eremitas que viviam sob o mesmo pai espiritual, mas de uma comunidade de irmãos que viviam em solidão sob uma Regra e um abade. E gostaria de sugerir que este foi talvez o mais importante aspecto de seu retorno à Regra.
Kalamazoo, 11 de maio de 1998.
Armand Veilleux.
Traduziu: Cecilia Fridman, Rio Negro, PR, Brasil, para o Mosteiro Trapista Nossa Senhora do Novo Mundo.